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19-05-2018        Jornal de Notícias

O Movimento 5 Estrelas (MSS), de Luigi Di Maio, foi o partido mais votado nas eleições de 4 de março. mas sem maioria. E mostrou abertura ao diálogo com o Partido Democrático (PD, centro-esquerda), ou com a Liga de Matteo Salvini. Mas no PD venceu a linha de rejeição promovida pelo antigo líder, Matteo Renzi. Quando Salvini conseguiu afastar-se do Berlusconi, com quem o MSS não quer absolutamente tratar, mas que fazia parte da coligação de Direita vencedor do escrutínio, começou a negociação do "Programa da Mudança" MSS-Liga. Ora, a Liga é um
partido de extrema-direita, o que na Europa é sinónimo de populismo, termo que também identifica o MSS; expressamente "além de Esquerda e Direita". 

Para os críticos, o contrato de 57 páginas - que inclui medidas defendidas pelos dois partidos na campanha eleitoral - não tem cobertura financeira, tem vertentes xenófobas e não enfrenta as desigualdades estruturais a partir do desenvolvimento do Sul. Cabe agora às bases dos dois partidos aprová-lo. Ontem, as votações
online do MSS terminaram com 94% dos 44 796 votantes a favor. lá a Liga irá sondar os seus eleitores em mil praças italianas durante o fim de semana.

É provável que nem Luigo Di Maio e muito menos Matteo Salvini sejam o primeiro-ministro, cujo nome só será conhecido na segunda-feira. Mas é desde já certo que a presença da Liga determina que este será o Governo mais à direita da história republicana italiana. 


 
 
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Cristiano Gianolla



 
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