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19-03-2025        

From early philosophical conceptions of fear and enmity to modern debates on identity, emotions have consistently shaped political power and imaginaries. Across discussions from Hobbes to Schmitt, from populist leaders to democratic theorists, emotions structure how citizens perceive representation, accountability, and collective meaning. Populists in particular exploit emotional appeals to position themselves as the ‘voice of the people,’ challenging liberal democracy’s delicate balance between equal participation and delegated authority. Emotions also intertwine with shifting media cultures, enabling leaders to publicly display anger, shame, or sadness, thereby reframing political discourse. Scholars must acknowledge that they, too, have emotional commitments, shaping how they interpret political phenomena. By situating emotions as core dimensions of sovereignty, identity, and collective imagination, these perspectives offer a deeper, multi-perspective understanding of politics. A fuller, more inclusive metaphor of democracy emerges, emphasizing collective achievement and continual effort rather than chance discovery. Attention to emotional dynamics is crucial.


Desde as conceções filosóficas iniciais do medo e da inimizade até aos debates modernos sobre identidade, as emoções moldaram consistentemente o poder político e os imaginários. Em discussões de Hobbes a Schmitt, de líderes populistas a teóricos democráticos, as emoções estruturam a perceção de representação, responsabilização e sentido coletivo. Populistas recorrem a apelos emocionais para se proclamarem “voz do povo”, desafiando o frágil equilíbrio liberal entre participação igual e autoridade delegada. As emoções também se entrelaçam com mudanças mediáticas, permitindo que líderes exibam publicamente raiva, vergonha ou tristeza, reformulando o discurso. Os investigadores devem reconhecer os próprios compromissos emocionais, que influenciam as suas interpretações. Ao situar as emoções como dimensões nucleares de soberania, identidade e imaginação coletiva, estas perspetivas oferecem uma compreensão política mais profunda. Uma metáfora mais inclusiva de democracia emerge, enfatizando realização coletiva e esforço contínuo, em vez de descoberta fortuita. A atenção às dinâmicas emocionais é crucial.

 
 
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Gaia Giuliani



 
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Evento > International Colloquium > Emotions, Narratives and Identities in Politics, Populism and Democracy
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