O povo saiu à rua no dia 25 de Abril de 1974. E por lá ficou. A rua, espaço político por excelência, antes interdito, foi ocupada por trabalhadores exigindo salários maiores e melhores condições laborais. Nos últimos anos, além dos sindicatos, novos movimentos têm ganhado visibilidade. Representam novas preocupações - com a habitação, com o clima, com a discriminação, com a violência - e dão voz a um mal-estar social que não está balizado por partidos ou sindicatos. Acreditam na ação coletiva. Pensam de forma global, intervêm localmente. Usam a imaginação e as redes sociais para espalhar a sua mensagem. Mas, como há 50 anos, é na rua que ainda se grita por uma vida digna.
Texto: Maria João Caetano