Ao todo, preencheu mais de 2.000 folhas e notas à mão durante os 12 anos de cadeia que passou no Aljube e no campo de concentração do Tarrafal.
Uma obra que foi preservada durante cinco décadas, até ser reunida em 2015 com o título Papéis da Prisão. Um trabalho exaustivo feito por uma equipa de investigadores ao longo de três anos, que foi digitalizado e está agora acessível de forma gratuita no acervo digital "Papéis da Prisão"
Nas várias prisões por onde passou, Luandino Vieira preencheu 17 cadernos com anotações, cancioneiros populares, textos em quimbundo, esboços e apontamentos que são agora um registo histórico e de uma vida, que também está a ser ilustrada num documentário preparado pela jornalista Sandra Inês Cruz, que tem estreia prevista até ao final do ano.