Está a decorrer em Coimbra o IX Congresso Ibérico de Estudos Africanos. É organizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e acontece até amanhã na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
A RUC está, desde ontem, a acompanhar os trabalhos. Maria Paula Meneses, membro da Comissão Organizadora, falou assim na sessão de abertura do Congresso.
A proposta é “sentir e pensar a partir de África” e reflectir, quase 40 anos depois de assinada a independência das ex-colónias, acerca da complexidade das transições democráticas. O Congresso inclui várias sessões plenárias, sessões paralelas, conferências, mesas redondas, apresentações de livros e uma feira do livro.
Na primeira sessão plenária, Lídia Brito – membro da UNESCO – falou sobre os desafios que se têm colocado na criação de uma rede de ensino superior em Moçambique.
“África hoje: tempos e espaços de transformação” é o mote que põe em movimento três dias de congresso e de reflexão sobre – e com – os países africanos. Na sessão desta manhã falou-se das ciências sociais e humanas em África e da perspectiva ocidentalizada como África é, ainda hoje, ensinada nas universidades.
Escutamos Inocência Mata – professora na Faculdade de Letras de Lisboa que ensina na área das literaturas africanas. Num posicionamento crítico quanto ao modo como a África lusófona é percebida em Portugal, Inocência Mata falou da urgência de fazer um “reconhecimento ético da diversidade”.
O IX Congresso Ibérico de Estudos Africanos termina amanhã. Os “tempos e espaços de transformação” do continente africano convocam a Coimbra dezenas de investigadores, artistas, escritores e políticos. A RUC está a acompanhar a reflexão alargada sobre os desafios e mudanças da África pós-colonial.