Durante um quarto de século, existiu no centro de Portugal uma “ridente aldeia” para onde era levado à força quem tinha lepra. Nesse sítio, onde as flores tapavam o arame farpado, os filhos dos doentes eram retirados às mães no exacto momento em que nasciam, para não lhes poderem tocar. Educados num mundo à parte, eram mostrados aos pais através do vidro. Na propaganda do Estado Novo, eles eram os afortunados “filhos sãos”.