Peacemaking and peacebuilding have political and ideological implications for international order, whether state centric and unipolar or multipolar, or post-colonial, multilateral, and civil society oriented. Peacemaking tools and underlying ideology maintain international order, indicating its viability and legitimacy partly by meeting local claims. The international peace architecture (IPA) may also be contested through counter-peace processes, which contest the nature of the state and state-society relations, with concurrent implications for ideological competition at the international level. The limitations of the current liberal-international peace architecture and the breakdown of many peace agreements, points to the need for rethinking at a time when multilateral organizations and civil society are blocked. This pits liberal democracy and liberal-international norms against authoritarian nationalism and multipolarity. Critical evaluations of international order thus rest on their capacity for peacemaking as an emancipatory practice, separate from ideological competition.
Activity within the scope of the project «REPLAY - Approaches to peace and the (re)production of violence in Mozambique», funded by the Foundation for Science and Technology, I.P. (EXPL/CPO-CPO/1615/2021)
O restabelecimento e a consolidação da paz têm implicações políticas e ideológicas para a ordem internacional, seja ela centrada no Estado e unipolar ou multipolar, ou pós-colonial, multilateral, e orientada para a sociedade civil. Os instrumentos de restabelecimento da paz e a ideologia subjacente mantêm a ordem internacional sinalizando a sua viabilidade e legitimidade, em parte através da satisfação de reivindicações locais. A arquitetura de paz internacional (IPA) pode ainda ser contestada através de processos de counter-peace, que questionam a natureza do Estado e as relações Estado-sociedade, com implicações concomitantes para a competição ideológica a nível internacional. As limitações da atual arquitetura de paz liberal-internacional e a rutura de muitos acordos de paz apontam para a necessidade de reflexão numa altura em que as organizações multilaterais e a sociedade civil estão bloqueadas. Isto coloca a democracia liberal e as normas liberais-internacionais contra o nacionalismo autoritário e a multipolaridade. As avaliações críticas da ordem internacional sustentam-se na sua capacidade de restabelecimento da paz como prática emancipatória, separada da competição ideológica.
Atividade no âmbito do projeto "As abordagens à paz e a (re)produção da violência em Moçambique", financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P. (EXPL/CPO-CPO/1615/2021).