“Sob o título “Que farei quando tudo arde? Diversidade e relações de cuidado em pessoas acima dos 60”, a nona edição das “Conversas Desconfinadas”, contou com a apresentação de Ana Cristina Santos, comentários de Cecília MacDowell Santos e Susana de Noronha e moderação de Tiago Rolino. Tecendo uma reflexão com os fios das pandemias do HIV/SIDA e da COVID-19, pincelados com a situação da população LGBTQI+ e a população acima dos 60 anos, esta sessão promoveu uma reflexão sobre envelhecimento, diversidade, cuidado, tendo como ponto de partida o conceito, muito utilizado no contexto de ambas as pandemias suprarreferidas e o qual é um manancial de reflexão e discussão, “Grupo de Risco”. Tendo em vista os dados do projeto europeu CILIA LGBTQI+, foi demonstrado que a população acima dos 60 anos é, por motivos de isolamento, doença, fragilidade económica e falta de redes de cuidado, vulnerável a processos de discriminação cumulativa, potenciada quando esta faz parte da população LGBTQI +. Estes motivos/fatores assumem traçados muito específicos em tempos de crise, tendo que haver respostas também especificamente adequadas.