As praxes universitárias têm vindo a suscitar amplos debates sobre a sua função social, a visão do mundo que transportam e, sobretudo, sobre as múltiplas violências físicas, simbólicas e discursivas com que se revestem. Apesar disso, prevalece ainda um certo senso comum que parece ser dominado pela ideia de que as praxes universitárias são práticas despolitizadas dominadas apenas pelo jogo e a festa dos coletivos estudantis.
Com este seminário pretendemos discutir, por um lado, as evidências que mostram as praxes universitárias como práticas de violência e de erosão da democracia intelectual e política; por outro lado, ao colocar em diálogo análises feitas em Portugal e no Brasil, poder-se-á perceber múltiplas dimensões e diferenciações que estão inscritas nestas práticas para poder imaginar mais democracia na universidade contemporânea.