Tem-se registado, nas teorias da comunicação, a permanência histórica e teórica de um "transmissor imaginário" dominante que vê e analisa a realidade comunicacional a partir de um certo olhar colonial e de uma epistemologia marcadamente do "Norte". Em contrapartida, diferentes autores, nomeadamente Boaventura de Sousa Santos, têm criticado esta forma de produzir conhecimento e de analisar o mundo. Este seminário pretendeu sintetizar os elementos-chave deste debate e propor uma série de ingredientes para definir as políticas de comunicação dos movimentos sociais tendo em conta os atuais debates teóricos e mudanças paradigmáticas nesta área temática.