Denise Barata é professora na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, criadora do Grupo de Pesquisa CNPq Laboratório de Oralidade, Memória Africana e Diáspora, e coordenadora do `Museu Vivo dos Cantos Negros´. Estes e outros desafios formam parte do seu dia a dia em torno de uma outra dimensão da cidade do Rio de Janeiro: a da Africa Atlântica.
Nesta Conversa, Denise partilha connosco os desafios quotidianos do seu último projeto. Com foco na Região da Grande Madureira - nos arredores do RJ - o projeto “Os territórios sagrados dos cantos negros: música e memória na grande Madureira” constitui um exercício de democracia que toma como ponto de partida a memória musical da região, para difundir sonoridades e incorporá-las na história da música carioca.
Ao longo do percurso emergem lugares onde o samba, o choro e jongo têm outros ritmos, outras cores e outras formas. Lugares onde a memória da tradição tem uma força e uma beleza próprias, lugares onde o conceito de “Museu a céu aberto” passou a ser uma ferramenta política e poética que permite visibilizar as dimensões intangíveis de uma diáspora em efervescência.