Centro de Estudos Sociais
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28-06-2019        

A reflexão sobre práticas e vivências pedagógicas que dialoguem com a educação não formal e popular pode contribuir para mudanças nas relações entre as pessoas, no contexto em que estão inseridas e na sociedade. Essa união se contrapõe ao sistema hegemônico que desvaloriza a diversidade, especialmente a dos que vivem em situação de exclusão social. A educação não formal e a educação popular convergem para a produção de conhecimentos e saberes, por meio da partilha de vivências e experiências cotidianas, convidando a refletir sobre práticas que contribuam para a formação crítica, o empoderamento e a emancipação dos sujeitos. Uma educação emancipatória considera as vivências em sociedade, suas diversidades e relações, contribuindo para uma formação política voltada à cidadania e coletividade. Esta comunicação relata uma experiência educativa referente a dois planos de intervenção utilizados como práticas pedagógicas entre 2015 e 2016, na atividade como educadora social de uma ONG em Salvador, Bahia, Brasil. O projeto visava fortalecer vínculos familiares e comunitários de pessoas em situação de vulnerabilidade utilizando ferramentas socioeducativas. As atividades foram desenvolvidas com uma turma composta majoritariamente por mulheres negras de 53 a 82 anos, considerando o cenário de desigualdade e exclusão existente na realidade dessas mulheres, e pensadas como ferramentas na luta antirracista, antissexista e no combate às discriminações. Os planos de intervenção, intitulados “Assinado: Meu eu!” e “Poesias que contam vidas”, partiram de questões problematizadoras interseccionais e utilizaram autonarrativas para destacar o protagonismo nas experiências/vivências a partir do relato das histórias de vida. Observou-se que práticas pedagógicas que fortalecem a autoestima e valorizam as identidades contribuem à conscientização crítica e à tomada de decisões. As vivências e partilhas conduzidas horizontalmente facilitaram o processo de ensino-aprendizagem, permitindo compreender que uma educação emancipadora precisa se constituir como uma ferramenta de valorização do protagonismo e de empoderamento.

 



 
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