Durante as últimas décadas, verificou-se uma melhoria generalizada dos indicadores de saúde em Portugal e em Itália, bem como em outros países do sul da Europa; e uma aproximação aos melhores valores da EU-15.
Apesar dos ganhos observados, aumentaram, nos dois países, as desigualdades geográficas (interior/litoral em Portugal e norte-centro/sul em Itália), assim como as desigualdades sociais em saúde, associadas sobretudo à privação sóciomaterial (escolaridade, desemprego e condição de habitação). Partindo deste contexto, este seminário apresentou e analisou a situação das desigualdades em saúde, tanto em Portugal como em Itália; um debate onde não se desvalorizou a crise económica e os efeitos que esta tem produzido nos sistemas de saúde, nomeadamente na redução do pessoal, na externalização dos serviços, no aumento das taxas moderadoras e no incremento do sector privado.