Quase 836.000 pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início do conflito, de acordo com o último balanço da Organização das Nações Unidas.
"Haverá algum caos nesta altura e organizações a tentarem estruturar uma reposta organizada, mas inevitavelmente essa organização tem que aparecer e vai aparecer", acredita Pedro Góis, sociólogo, professor e investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
A maior parte das pessoas que fogem da Ucrânia têm procurado refúgio nos países vizinhos; Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
"Não há outra solução que não seja construir uma resposta para socorrer as pessoas que fogem do conflito na Ucrânia no imediato e para aquilo que vem a seguir", descreve o sociólogo.
Bruxelas quer abrir corredores humanitários para refugiados e aliviar as fronteiras da União Europeia. "Esta medida representa algo de novo, que infelizmente não aconteceu no passado. Representa ainda a noção exacta da dimensão do problema e do facto de a fronteira da União Europeia estar em países que não estão preparados para gerir este fluxo muito repentino. É necessário que esse fluxo migratório seja conduzido para todos os Estados da União Europeia que têm que ser solidários na procura de uma resposta", aponta o académico.
Texto por: Lígia ANJOS