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02-03-2022        RFI [FR]

Quase 836.000 pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início do conflito, de acordo com o último balanço da Organização das Nações Unidas.

"Haverá algum caos nesta altura e organizações a tentarem estruturar uma reposta organizada, mas inevitavelmente essa organização tem que aparecer e vai aparecer", acredita Pedro Góis, sociólogo, professor e investigador no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

A maior parte das pessoas que fogem da Ucrânia têm procurado refúgio nos países vizinhos; Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

"Não há outra solução que não seja construir uma resposta para socorrer as pessoas que fogem do conflito na Ucrânia no imediato e para aquilo que vem a seguir", descreve o sociólogo.

Bruxelas quer abrir corredores humanitários para refugiados e aliviar as fronteiras da União Europeia. "Esta medida representa algo de novo, que infelizmente não aconteceu no passado. Representa ainda a noção exacta da dimensão do problema e do facto de a fronteira da União Europeia estar em países que não estão preparados para gerir este fluxo muito repentino. É necessário que esse fluxo migratório seja conduzido para todos os Estados da União Europeia que têm que ser solidários na procura de uma resposta", aponta o académico.

Texto por: Lígia ANJOS




 
 
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