A exposição "Europa, Oxalá" apresenta 21 artistas europeus de origem africana. As obras estiveram no MuCEM de Marselha, seguem para Portugal e para a Bélgica.
____________
A génese da exposição data de 2018 e parte de uma reflexão sobre a memória pós-colonial, o inconsciente colonial da segunda e terceira geração que não viveu a colonização, uma reflexão enquadrada pela Universidade de Coimbra (UC), em Portugal.
O comissário e director do Centro de Estudos Sociais CES da UC António Pinto Ribeiro percorre connosco as obras do guineense Nu Barreto, do português, angolano e cabo-verdiano Francisco Vidal, de Aimé Mpane do Congo a viver em Bruxelas, da franco-argelina Katia Kameli, mas começamos a visita nas fotografias da portuguesa, Pauliana Valente Pimentel.
Artistas têm em comum uma vontade desconstruir o pensamento colonial e projectar uma Europa do futuro. Adriana Valente Pimentel não tem ligação directa com África. A artista portuguesa "pediu a um conjunto de pessoas exiladas, brasileiros, afro-descendentes que vivem numa zona especifica de Lisboa, no Martin Moniz", explica o comissário da exposição.
A exposição Europa, Oxalá apresenta cerca de 60 obras; pintura, desenho, escultura, filme, fotografia, instalação de 21 artistas: Aimé Mpane, Aimé Ntakiyica, Carlos Bunga, Délio Jasse, Djamel Kokene-Dorléans, Fayçal Baghriche, Francisco Vidal, John K. Cobra, Katia Kameli, Mohamed Bourouissa, Josèfa Ntjam, Malala Andrialavidrazana, Márcio Carvalho, Mónica de Miranda, Nú Barreto, Pauliana Valente Pimentel, Pedro A. H. Paixão, Sabrina Belouaar, Sammy Baloji, Sandra Mujinga e Sara Sadik.