Passados 40 anos das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), ainda há muitos passos a terem de ser dados para a descolonização e desmistificação do conhecimento em Portugal. No entanto, sociólogos, antropólogos, historiadores e outros investigadores sociais têm feito por mostrar outras narrativas e perspetivas sobre as ex-colónias, apesar de ainda haver resquícios, no próprio meio académico, do discurso de que os portugueses têm um olhar privilegiado sobre África, bem como de tiques paternalistas.