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12-02-2020        RTP

O modelo tradicional de família deixou de ser o dominante. Um milhão de casais não tem filhos. Mais de metade das crianças que nascem ficam filhos únicos. E, desde 1995, mais de 300 mil bebés tornaram-se meios-irmãos de alguém. No Fronteiras XXI debatemos como evoluiu a família, em Portugal. Dia 12 de Fevereiro, às 22h, na RTP3 ou no em directo neste site.

Há 50 anos existia um único modelo de família, em Portugal. Resultava do casamento católico entre pessoas do sexo oposto, em regra aos 26 anos e onde nasciam em média de três filhos. Apenas 1% dos casais se divorciavam.

Hoje, os portugueses que dão o nó fazem-no sobretudo no registo civil, aos 33 anos, e têm um filho. Um dos aspectos que mais mudou neste meio século é o facto de 59% dos matrimónios terminarem em divórcio.

Depois dessa ruptura, são mais os homens que voltam a casar. As famílias reconstituídas tornaram-se no novo normal e, desde 1995, mais de 300 mil bebés já tinham meios-irmãos quando nasceram.

Aumentou o número de famílias monoparentais, 87% das quais são femininas. E em 56% dos nascimentos as mães são solteiras.

Na última década, celebraram-se mais de 4 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que podem adoptar crianças e jovens desde 2016.

E o número de casais sem filhos não tem parado de crescer. São hoje somente menos 400 mil do que os que têm descendência.

No Fronteiras XXI vamos debater como evoluiu a família, as circunstâncias que contribuíram para essa evolução, o papel desta instituição na sociedade portuguesa e como poderá continuar a mudar no futuro. Intervenções do sociólogo, investigador do CES, perito em migrações Pedro Góis.




 
 
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Pedro Góis



 
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Portugal    família    emigrantes