O género e as desigualdades a ele associadas encontram-se no centro das preocupações mundiais dos direitos humanos. As descriminações no tratamento dos seres humanos, de acordo com o género, têm vindo a ser combatidas por forma a promover o desenvolvimento humano, a democracia, a construção da paz e o desenvolvimento económico.
A diminuição da disparidade de tratamento entre homens e mulheres revela-se importante na qualidade de vida dos indivíduos e das sociedades (nomeadamente, no combate à fome e à pobreza, no incremento da saúde sexual e reprodutiva, no progresso da educação e do ensino e no desenvolvimento cultural, entre outros).
No Índice Global das Diferenças de Género, do Fórum Económico Mundial, Portugal ocupa a 39ª posição dos 142 países analisados. Apesar de ter subido de posição no ranking geral e, consequentemente, ter menor disparidade de tratamento entre homens e mulheres; o país tem o 97º maior hiato entre salários, sendo que em funções similares os homens ganham mais que as mulheres.
O salário é um dos muitos indicadores de medição das desigualdades de género, mas também o são a idade do casamento, o rendimento anual, as posições ministeriais, o peso do género nas administrações de grandes empresas, entre outros.