Os efeitos de uma crise que não passa multiplicaram a paleta dos temores. Alguns portugueses vivem o presente com desconforto e vêem o futuro com desesperança. São receosos na defesa dos seus direitos de consumidores e ignorantes sobre os perigos financeiros que os seus investimentos comportam. Crédulos, assumiram responsabilidades alheias, as de terem vivido acima das suas possibilidades. Não contestam, apesar de vítimas. Estão em risco de existir, de serem cidadãos. “Não vejo este país com bons olhos”, admite uma jovem de 28 anos que resiste à paralisia. Texto: Nuno Ribeiro