A cidade de Sevilha, um dos maiores recintos murados e conjunto urbano histórico da Europa assistiu, a partir de 1248 até à secularização, a uma enorme profusão destes edifícios, localizados tanto na sua periferia próxima como no interior das suas muralhas.
Mais de noventa conventos, muitos deles convivendo vários séculos, constituíram o estrato da cidade conventual que afetou fortemente a natureza de toda a cidade. A pluralidade de ordens e os diferentes critérios de assentamento na cidade ofereceram um interessante catálogo de possibilidades urbanas. Da mesma forma, a sobrevivência dos ex-conventos masculinos e a centenária continuidade histórica das comunidades femininas, dão origem a situações urbanas de grande importância patrimonial.
A nova Sevilha, que surgiria a partir das desamortizações, não foi gerada a partir de um processo coerente mas de uma soma de diferentes técnicas urbanísticas e arquitetónicas. Apesar disso, este constitui hoje um património urbano adicional onde a cultura conventual desempenha um papel muito relevante.
(Comunicação da terceira sessão do Coloquio Internacional "Cidade e arquitetura conventual")