A intervenção política estudantil no período final da ditadura adquire três características fundamentais: a) emergem novas militâncias e novos grupos que tendem a transferir o combate do “movimento associativo”, com o seu enfoque nas associações, para o “movimento estudantil”; b) transforma-se a própria autoimagem do estudante: de membro da elite, formado para assegurar a reprodução da elite, a imagem do estudante – nomeadamente do estudante politicamente ativo - tenderá a ser modelada em função do seu “comprometimento social”; por fim, c) ao nível da agenda do movimento, ganha expressão o combate contra a guerra e o colonialismo.