Em memória da memória, sentamo-nos com Ariana Furtado.
Ariana Furtado nasceu em Cabo Verde em 1976 e veio viver para Portugal ainda bebé de colo. A sua biografia e a da sua família, ascendentes e descendentes, acabou por ocupar um lugar central no trabalho pedagógico e social que faz. Sobretudo na área da educação, vocação maior e plenamente cumprida. Professora do 1.º ciclo do ensino básico, tradutora de livros infantis e coautora do projeto “Com a mala na mão contra a discriminação”, Ariana contou-nos neste encontro um pouco mais dessas suas outras mil faces.
As vivências de Ariana, entre Cabo Verde e Portugal, configuram-se em labirintos que se lhe inscrevem no nome. São experiências marcadas na pele e que transportou para a sua biografia íntima, familiar e profissional. Essas heranças do império, e que o tempo não apaga, Ariana espera que se mitiguem na próxima geração, a da sua filha Madalena.
A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA.
Algumas sugestões de leitura:
Ribeiro, Margarida Calafate; Cruz Rodrigues, Fátima (2022), Des-Cobrir a Europa - Filhos de Impérios e Pós-memórias Europeias. Porto: Afrontamento.
Santos, Hélia (2019), “Portugueses invisíveis”, Memoirs newsletter, 48.