Nesta comunicação são apresentados os debates em torno da descolonização dos Estudos da Memória, tomando como janela etnográfica o projeto colaborativo entre Las Rastreadoras de El Fuerte, grupo de familiares de desaparecidos no estado mexicano de Sinaloa, e o Coletivo Hermanas en la Sombra, um projeto editorial e de escrita feminista formado por mulheres presas e libertadas. A partir do processo de oficinas de memória e do livro coletivo publicado por ambos os grupos, mostra-se o uso contra-hegemónico da memória e do testemunho, para desestabilizar os discursos de poder em torno da violência extrema e da crise de direitos humanos vivda atualmente no México.