A Reflexão é sobre a metodologia de construção de projetos de extensão, particularmente a respeito do tipo de interação estabelecida entre universidade e agentes sociais enraizados em comunidades de baixa renda, 'público-alvo' frequente da extensão. Problematiza experiências de projetos que visam fortalecer categorias sociais vulneráveis, mas que não são de iniciativa desses, sendo propostas "de fora para dentro", colocando o problema da legitimação do projeto no seio dos ‘beneficiários’. Aborda o protagonismo de cada agente envolvido e da constituição das 'comunidades' como sujeito das ações realizadas. Tal dilema é frequentemente colocado nas experiências de extensão, bem como em âmbitos análogos, como o da atuação das ONGs. A proposta é revisitá-lo sob o referencial das epistemologias do sul, a fim de postular referências para (re)estruturar ações atuais e futuras.