A Feira nordestina de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, enfrenta um processo de patrimonialização que se afigura relevante para discutir a relação entre cultura, património imaterial e requalificação urbana.
Depois de passar por um processo de “revitalização” conduzido pelo poder público no ano de 2003, a feira nordestina de São Cristóvão foi transformada em um Centro de Tradições, que hoje conta com um grupo gestor empenhado na organização de uma programação cultural voltada para a valorização das manifestações consideradas "típicas" e "autênticas" do Nordeste brasileiro e para a conquista do título de patrimônio imaterial junto ao IPHAN. Nesse contexto, uma série de novas situações, expectativas e conflitos movimenta o cotidiano dos feirantes e sugere importantes reflexões acerca dos processos de patrimonialização de manifestações da cultura popular no Brasil.