Centro de Estudos Sociais
sala de imprensa do CES
RSS Canal CES
twitter CES
facebook CES
youtube CES
23-02-2024        Podcast

Roland Gunst aka John K. Cobra (seu pseudónimo artístico) nasceu na cidade de Boma, no Congo, em 1977, no seio de uma família bi-cultural, filho de pai belga e mãe congolesa. Diz-nos neste episódio que, quem quer que conheça, se adapta sempre à pessoa com quem está a interagir. Esse modo de funcionar, como lhe chama, parece emergir das experiências que teve durante a primeira infância no Congo, sem dúvida, mas também daqueles tempos difíceis que viveu quando se mudou com a família para a Bélgica, era Roland pré-adolescente. Neste contexto, a arte foi muitas coisas para Roland Gunst, mas começou sobretudo por ser uma âncora e uma terapia, um modo de projetar e reelaborar estas recordações magoadas da juventude.

Ao criticar o colonialismo, o imperialismo e o capitalismo, o trabalho de John K. Cobra desafia as relações entre poder e silêncio, opressão e resistência, entre trauma e testemunho. Foi o caso de “Trans-arquitetura”, o nome comum às instalações que criou para a exposição Europa Oxalá. Sobre tudo isto e muito mais, fala-nos hoje no mais recente episódio do “Em Memória da Memória”.

A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio Carvalho. A voz de Roland Gunst é dobrada por Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA.


Algumas sugestões de leitura:

Bourne-Farrell, Cécile (2021), “Virar a História do avesso”, in Europa Oxalá - Livro de Ensaios. Porto: Afrontamento, 91-108.

Conink, François de (2021), “John K. Cobra”, in Europa Oxalá – Catálogo. Porto: Afrontamento, 44-45.

Ribeiro, António Pinto (2021), “John K. Cobra, uma obra afropolitana”, in Novo Mundo. Arte contemporânea no tempo da pós-memória. Porto: Afrontamento, 139-150.




 
 
pessoas
Inês Nascimento Rodrigues



 
ligações
Projeto > MAPS