Esta comunicação explorou os marcos narrativos de memorialização subsequente ao cessar-fogo da ETA no contexto do conflito Basco. Ressalta as tensões entre o foco no sofrimento que configura a categoria de vítima neste contexto, hierarquizando experiências de violência e criando um determinado cenário emocional “pós-conflito”, e distintas iniciativas e vivências recolhidas no campo em que o elemento que sofre vagueia entre essas hierarquias e exclusões. Propõe-se uma abordagem da escuta vulnerável como alternativa ao problemático conceito de empatia para mostrar diferentes formas de encontro em que a escuta está impregnada de emoções conflituantes, contradições, tecidos complexos de sofrimento e prazer, desestabilizações e aberturas ao conhecimento e reconhecimento de diferentes formas de violência.