Neste seminário, Cristina Sá Valentim e Maria Paula Meneses problematizaram a dimensão ontológica e epistemológica das lutas a partir de canções angolanas e moçambicanas interpretadas por africanos e africanas durante o colonialismo português. Ambas alertaram para a importância de considerar a música como um valioso documento histórico e como uma prática de resistência que participou não só na memorização e na consciencialização coletiva da subalternidade, mas também enquanto ‘oratura de combate’ na partilha de outros conhecimentos e na construção de projetos políticos contra-hegemónicos. Este diálogo pretendeu, assim, aprofundar o conceito de luta e contribuir para a construção do quadro teórico-metodológico das Epistemologias do Sul.