The increasing economic-ecological throughput of our planet is linked to a dramatic expansion of environmental conflicts at a global scale. These conflicts are indicative of the ways in which economies are based on compulsory growth and a logics of exploitation of socio-ecological conditions for (non) humans and environments. The increased killing of environmental activists around the world is a further illustration of a system that destabilizes communities, destroys collective ties and fosters a future of disposable laborers and consumers. These forms of violence force us to push our thinking about socio-environmental justice beyond procedural dimensions of distribution, recognition or participation. Justice needs to be understood not as a formalised and preconceived ‘thing’ to be demanded, delivered or applied but as an open egalitarian ideal that people and movements across the world continuously re-enact and transform.

Desconstruindo a justiça sócio-ambiental

A crescente produção económico-ecológica do nosso planeta está ligada a uma expansão dramática dos conflitos ambientais em escala global. Estes conflitos são indicativos dos modos como as economias se baseiam no crescimento obrigatório e numa lógica de exploração de condições socioeconómicas para  seres (não) humanos e ambientes. O aumento de assassinatos de ativistas ambientais em todo o mundo é mais uma ilustração de um sistema que desestabiliza comunidades, destrói laços coletivos e promove um futuro de trabalhadores e consumidores descartáveis. Essas formas de violência forçam-nos a explorar os limites do nosso pensamento sobre a justiça socioambiental, para além das dimensões processuais de distribuição, reconhecimento e participação. A justiça precisa de ser entendida não como uma “coisa” formalizada e preconcebida a ser exigida, entregue ou aplicada, mas como um ideal igualitário aberto que pessoas e movimentos em todo o mundo continuamente reencenam e transformam.