Este trabalho propõe o diálogo entre dois eixos de reflexão sobre as periferias e suas transformações recentes: a natureza socioespacial e as metodologias de investigação empírica "com" e "nas" periferias, considerando no caso de estudo como periferia os territórios reivindicados por povos e comunidades tradicionais costeiros em situação de conflitos coletivos fundiários e socioambientais. Isto seja em razão destas comunidades produzirem uma legalidade cosmopolita subalterna com organizações social e territorial diversas da exclusiva produção capitalista do espaço, seja pela marcante atuação de novos movimentos sociais no autorreconhecimento destas territorialidades.