Uma crítica feminista das Epistemologias do Sul permite distinguir com maior clareza que a racionalidade abissal inscrita no pensamento moderno logocêntrico é também androcêntrico e antropocêntrico. Por outras palavras, a separação abissal está também reflectida no sexismo, entendido enquanto sistema de disjunção e hierarquização com base na oposição entre feminino e masculino reduzidos a atributos biossociais criados e alimentados por si. Este seminário tem, assim, dois objetivos: fazer uma crítica feminista das Epistemologias do Sul e, a partir dessa crítica, reflectir sobre a dicotomia entre trabalho produtivo e reprodutivo.