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05-04-2016        TSF

Maior estudo sobre o assunto ouviu alunos de 101 faculdades e politécnicos do país. Autores falam numa espécie de cultura nacional de fraude académica. Por: Nuno Guedes

Perto de 52% dos alunos do ensino superior português (licenciaturas e mestrados integrados) já copiaram dos colegas e cerca de 40% já usaram cábulas.

Paulo Peixoto, um dos responsáveis pelo estudo que é apresentado esta terça-feira em livro, no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, explica que além de comum, a fraude académica não é normalmente condenada pelos alunos.

O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), inquiriu 7.292 alunos e o investigador acrescenta que concluíram que os jovens acham "normal" a fraude académica, nomeadamente porque existe a ideia de que "em muitos casos o êxito só é alcançável dessa forma".

A investigação permitiu ainda perceber que a fraude já é frequente e "normalizada" no ensino básico e secundário, pelo que o ensino superior é apenas uma continuação de uma tendência que começa mais cedo.

Paulo Peixoto explica ainda que a fraude só é censurada pelos alunos quando é feita através de formas que só estão acessíveis a alguns. Por exemplo, comprar trabalhos que nem todos podem pagar ou casos em que os alunos recebem ajudas ilícitas da família.




 
 
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Projeto > A ética dos alunos e a tolerância de professores e instituições perante a fraude académica no ensino superior
Observatório de Políticas de Educação e Formação
 
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